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SEXO, ? E ROCK AND ROLL. OS ROQUEIROS MAIS CARETAS DO MUNDO.

Na última semana a banda Metallica declarou em suas redes sociais que estariam cancelando as apresentações que fariam em dois festivais nos EUA por conta de um tratamento de saúde do vocalista James Hetfield.


Em carta aberta James revelou que compromissos inadiáveis do processo de reabilitação devem ser cumpridos á risca para que o estado de cura do vício em drogas e álcool possa ser vencido. As apresentações coincidiram justamente com estas atividades do tratamento. O produtor Danny Wimmer ressaltou “perdemos muitos talentos na história do rock e algo precisa mudar. A postura de James de priorizar sua saúde deve ser celebrada”.



E o rol de artistas que sucumbiram às drogas e morreram por suas consequências nefastas compõe uma lista enorme: Amy Winehouse, Prince, George Michael, Sid Vicious, Tommy Bolin, Brain Jones, Janes Joplin, Jim Morrison, Shanon Hoon, Jimmy Sullivan, Keith Moon, Layne Staley, Paul Gray, Scott Weinland, Dee Dee Ramone. Ozzy Osbourne está em estado de saúde lamentável com o avanço do mal de Parkinson, Eric Clapton sofre com a neuropatia periférica e Malcom Young está com Alzheimer. Doenças crônicas que se exacerbam de forma agressiva nos indivíduos que abusaram de drogas e bebida alcoólica.


Mas pasmem! Existe uma lista de músicos que não suportam drogas nem bebidas. Que seguem a jornada do entretenimento e da criação sem recorrer a estes “baratos”. A maioria dos músicos que curtem às drogas sempre argumentam em sessões das “rehabs” que apelam para os entorpecentes e as bebidas porque elas impulsionam na criação.


Os psicólogos americanos divergem desta teoria. Para Carl Hart da universidade de Columbia - EUA, “os músicos aderem às drogas por serem mais sensíveis em canalizar fatos da existência com a arte. Normalmente são desmoderadamente tímidos e necessitam ter a sensação de serem incluídos. Para o enfrentamento do olhar crítico do público e entrega de suas obras, é preciso vencer estes entraves emocionais. As drogas com seu efeito alienante os permitem viver esta experiência sem ter que enfrentar a ansiedade, inquietação e sofrimento de todo este contexto de cobranças internas”. Sair incólume deste arcabouço cultural, emocional e estético do roqueiro que precisa se enquadrar no modelo tresloucado e transgressor não é para os fracos. Uma relação inusitada de grandes nomes do rock mundial enfrentam sua rotina sem drogas ou bebidas, vejam os exemplos:


Acredite, Angus Young guitarrista do e co-fundador da banda de hard rock australiana AC/DC, célebre por suas performances enérgicas no palco, sempre evitou drogas e muito menos bebida. Certa vez experimentou champanhe e passou muito mal. Decidiu nunca mais fazer uso de algo que tivesse alguma química entorpecedora. O resultado de sua vida regrada fora dos palcos é sua habilidade musical incrível e seus feitos na guitarra tornando-se um dos maiores instrumentistas e “riffers” da história do rock and roll.


Outro músico inusitado foi marcado pela caretice extrema fora dos palcos. Frank Zappa foi um dos artistas do rock mais celebrados da história por sua contribuição excepcional para a musica ocidental. Um músico que se comportava com extrema rebeldia, averso à indústria e a cultura mercadológica da música. Sua genialidade tem relação direta com seu profissionalismo, concentrado em desenvolver sua sonoridade sob várias vertentes da musica que foi do jazz ao rock clássico passando também pelo blues e até o eletrônico. Sua obsessão em atingir níveis de perfeição exigia requisitos indispensáveis para fazer parte de sua equipe: nunca usar qualquer tipo de droga ou bebida nos ensaios e shows.



Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, uma banda de punk rock que iniciou a carreira no auge do movimento da contra cultura, nunca usou drogas e não se contenta apenas em estar “limpo” produzindo suas músicas e se apresentando nos shows. Faz apologia anti-drogas e reporta sua campanha para as letras de suas músicas.


O guitarrista Johnny Ramone, um dos mais brilhantes instrumentistas do rock era um caretão de carteirinha. Tinha uma postura altamente austera, rígida e anti-social com ele mesmo e com a banda Ramones. Era extremamente metódico e controlava a banda com sisudez e rijeza, para isso, era necessário estar sóbrio, portanto, era impossível Johnny fazer uso de algum de tipo de droga.


Gene Simmons vocalista e baixista da lendária Kiss se orgulha de nunca ter consumido nenhum tipo de drogas ou álcool. “Enquanto a banda, equipe técnica, grupies e até os jornalistas enfiavam os narizes naquelas linhas intermináveis de pó eu ia dormir, essa sim minha droga predileta... como eu sou preguiçoso” Simmons sendo Simmons.


Randy R Hoad, guitarrista virtuoso da primeira formação da banda solo de Ozzy Osbourne, acreditem! passou incólume ao estado de orgasmo ininterrupto movido pelas drogas mais pesadas e variadas que passavam no backstage de Ozzy. Randy era tão inocente e viciado em tocar, que nos bastidores, enquanto a galera se esbaldava na festa, ele ficava no quarto estudando música clássica com seu violão e passava a noite ligando para mãe para pegar alguns toques. Ela era professora de música.


Roger Waters, o chatíssimo de plantão, “picolé de chuchu” do rock, militante declarado da extrema esquerda, tinha que estar nesta lista. Waters experimentou maconha no começo da carreira e detestou. Dali pra frente nunca mais fez uso de drogas e não suportou encarar o amigo Syd Barrett se desmoronar pelo uso abusivo das drogas. Sua carreira desponta tanto na criação das letras e nos álbuns conceituais do Pink Floyd como também na trajetória solo em que estabeleceu uma relação sempre criativa e experimental de sua sonoridade.


Steve Vai, um dos melhores guitarristas do mundo é um músico que inspira a maiorias dos guitarristas, e tem uma contribuição enorme para evolução do rock instrumental pelo seu feeling criativo. Steve é um músico que orbita na atmosfera da perfeição o que não combina com estado de torpor de drogas e bebidas. Sua obsessão em performance perfeita é tão compulsiva que Steve pratica esportes e se alimenta precisamente para suportar inúmeras horas de ensaios.



Para finalizar não podemos jamais deixar de incluir Bruce Dickinson nesta lista. Apreciador de cervejas artesanais, Bruce degusta com a finalidade de saborear a bebida, mas nunca para se alcoolizar. Dickinson afirmar nunca ter usado drogas. “Não conseguiria usar drogas e idealizar shows performáticos, cuidar da voz, estudar pilotagem, escrever meus livros, fazer esgrima, terminar minha tese de doutorado e ainda ser mestre cervejeiro. Se alguém conseguir fazer tudo isso sob o efeito alucinógeno me avisem... eu quero experimentar agora”

1 Comment


Tarcísio Vieira
Tarcísio Vieira
Mar 04, 2020

Muito bom!

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