A BUSCA PELA FELICIDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA AO SOM DE CLÁSSICOS DE ROCK
- Dostoievsky Andrade
- 2 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
A felicidade em tempos de pandemia parece algo bem apartado de nosso cotidiano em um momento em que nossos sentimentos estão tolhidos em cativeiro pela impossibilidade de gozar e fruir a liberdade no contexto das relações e da autonomia de poder subsistir em condições de normalidade existencial sob os paradigmas definidos até antes da crise.

Mas diante de um colapso de anormalidade que se instalou com toda instabilidade gerada pela pandemia do COVID19, fomos obrigados a estabelecer uma relação mais intimista e estreita com nossas próprias pertenças intrínsecas. Neste contexto, o importante é poder lidar com as emoções de uma forma inteligente e positiva em busca da felicidade, mesmo em condições tão adversas e antagônicas ás nossas perspectivas de vida e projetos tão ampliados a conquistas de feitos, triunfo e glórias, muitas vezes idealizadas a níveis tão sobrenatural que a busca em alcança-las só transporta estas convicções ao mais absoluto vazio.
Porque não agradecer com o que conquistamos ao longo da vida? As mínimas e mais singelas conquistas? Por que a busca pela felicidade é tão aferrada em metas as vezes tão fútil, vazia, idealizada em um romantismo que beira ao pueril? Basta pensar que a cultura da felicidade plástica é uma imposição evidente do consumismo de massa embalada para calibrar a lógica capitalista.
Esta obsessão de ter que estar sempre na crista da onda, onde se alcança a esfera da felicidade é uma compulsão que faz com as pessoas se sintam péssimas. É preciso que estejamos vivendo a foto perfeita manipulada do instagram. Se isso não acontecer vem tristeza, ansiedade e as vezes a sensação de que você está fazendo tudo errado. É muita cobrança.
Mas e agora? Toda comunidade planetária isolada em suas casas, adaptadas ao modus operandi domiciliar de viver, e assistindo ao mundo lá fora acontecer em sua solidão, trancados em suas inquietações e confinados em seu próprio ser. Nunca fomos tão nossos, curtindo a casa, filhos, coleções, discos, livros, estudos, se cuidando. Temos tempo para ser o que somos. E aí, nessa forma de se reinventar como ser humano, que precisava ser um humano, a felicidade está ai ó...tão próxima...tão inerente a nós...no âmago de nossa própria construção de vida.
Na concepção de que a felicidade não é um sentimento e sim uma atitude, uma decisão, somos convidados e estabelecer novos paradigmas valorativos, afim de contrariar todo este contexto nocivo de crise. Devemos buscar a serenidade, buscar a afeição ao próximo, empatia, compaixão sentir esperança e otimismo, pensar positivo, questionar quais seriam as nossas prioridades, voltar-se para a família, resignificar escolhas para ser feliz.

Esse é um momento de reflexão, de cultivar a simplicidade e identificar propósitos e sentido de vida. É preciso encontrar um tempo para se reconectar sem bloquear emoções, sejam negativas e/ou positivas, abrir-se para o medo, para a raiva, para a insegurança e também para as alegrias, para a saudade, para a fantasia, ou seja, sermos conscientes de que tudo isso são inerentes de nós mesmos. Precisamos viajar para dentro de nós nessa peregrinação insólita e prazerosa. Para isso convido fazer essa introspecção ao som de uma trilha sonora que dite o ritmo desta vigília incrível de auto- conhecimento em busca da felicidade.
Don't Stop Me Now - Queen
Here Comes The Sun - The Beatles
Wasted years – Iron Maiden
Carry on – Agra
Eye of the Tiger – Survivor
I’m a Believer – The Monkeys
Happy Together - The Turtles
Shiny Happy People – R.E.M.
Don’t Stop Believin – Journey
Van Hallen – Jump
Perfect Day – Duran Duran
Times Like These – Foo Fighters
We are The Champions - Nova versão Queen + Adam Lambert Homenagem aos profissionais que estão na linha de frente no combate ao COVID19
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