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QUESTÃO RETRÔ: AND JUSTICE FOR ALL...EXCEPT FOR JASON NEWSTED.

Atualizado: 27 de ago. de 2019

O ano era 1988 e um novo destino era dado a uma das bandas mais influentes da história do heavy metal, afinal uma das mais significativas perdas, pela qual a música passou, ainda teimava em cicatrizar as estruturas do Metallica, uma vez que Cliff Burton, ex baixista da banda, havia falecido pouco menos de dois anos atrás, vítima de acidente de automóvel, numa das viagens da turnê da banda, referente ao disco anterior ao trazido nesta publicação, o aclamadíssimo Master of Puppets, de 1986.



Naquele 25 de Agosto de 1988, o Mundo enfim conhecia o que James e Lars iriam determinar como novo rumo a ser seguido, já que a virtuosidade de Cliff não se fazia mais presente, sendo a árdua missão de substituição dada ao recém chegado James Newsted, que logo de cara já teve que se deparar com um péssimo cartão de visitas, uma vez que, neste disco, ordens foram dadas para que o baixo fosse reduzido a um volume que se tornasse praticamente inaudível, pois fora alegado que a frequência do instrumento era muito similar às guitarras, gerando uma espécie de “mais do mesmo”, porém o próprio James deu declarações de que seu desapontamento com a qualidade da gravação se fez presente, o que não sabemos se beira a uma espécie de cinismo (algo bem mais provável) ou a uma forma de tentar amenizar a humilhação sofrida por Jason que, além de lidar com isso, também era alvo de sequenciais piadas durante as turnês.


A verdade é que o disco, mesmo sendo repleto de críticas, é um trabalho maravilhoso, na minha mais humilde opinião, não tendo sido reverenciado à toa por alguns críticos e até sido eleito como um dos 25 melhores álbuns da história do Metal, pela revista Rolling Stone.


A pancadaria de Blackened, logo na abertura, dá uma espécie de demonstração de que a banda não havia perdido nem um pouco da sonora pegada dos seus três primeiros discos. Mesma avaliação dada a The Shortest Straw e Dyers Eve.



Além delas, em One a banda mostra uma versatilidade absurda, elevando ainda mais sua capacidade progressiva em construir hinos dentro do Heavy Metal, com todo o virtuosismo do qual uma grande banda necessita.



E, claro, não podemos esquecer da belíssima homenagem feita a Cliff Burton, na belíssima To Live is to Die, que arrepia pela sua musicalidade e temática que a envolve.


Somam-se a essas, mais quatro grandes faixas, todas bem qualificadas e merecedoras de estarem na obra, inclusive uma faixa que leva o título do disco.


É mesmo lamentável que uma banda tão gigantesca não tenha saído de seu luto, dando o aparato necessário para que um novo membro, que havia desbancado mais de 30 baixistas, pudesse ter um respaldo necessário para tocar naquele estúdio com toda a atenção merecida, ao invés de ficar isolado numa sala, gravando como se tivesse colocando sua capacidade musical em outro trabalho que não fosse aquele.


Anos depois, após mais algumas significativas contribuições, Jason não quis mais seguir naquilo que ele mesmo julgou como “anos de humilhação” e resolveu seguir novo rumo, pulando fora do Metallica em 2001, se dedicando a sua outra banda, chamada Echobrain, para gravar seu primeiro e único álbum em 2002.


Como informação interessante, vale lembrar que Jason Newsted substituiu o baixista Robert Trujillo, que hoje é baixista do Metallica, na banda de Ozzy Osbourne, causando admiração em Ozzy, que chegou a compará-lo a Geezer Butler no início de sua carreira.


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