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O QUE ACONTECEU COM JOHN DEACON? O BAIXISTA DO QUEEN QUE FREDDIE MERCURY ESPECIALMENTE AMAVA

Com o sucesso arrebatador do filme Bohemian Rhapsody e o retorno ainda mais avassalador do Queen as turnês na companhia de Adam Lambert, muitos perguntam aonde se encontra John Deacon, baixista original do Queen, um instrumentista virtuoso e criador de clássicos da banda inglesa como "Another One Bites the Dust", "I Want to Break Free" e "Under Pressure".


John Deacon sempre foi um homem recluso, modesto, discreto. Está atualmente com 69 anos e apesar de assumir uma postura eremita, totalmente apartado do fenômeno com que Queen se irrompe nos últimos tempos como um colosso da cultura pop, o músico não quer qualquer conexão do mainstream com o que o Queen ostenta nos dias de hoje.

Jon Deacon foi o último a chegar no grupo em 1971 quando foi apresentado aos integrantes assim que mudaram o nome da banda de Smile para Queen. Brian May fez várias audições sem sucesso e na vez de John atestou imediatamente que aquele era o músico que precisavam. Deacon também se emoldurava naquele perfil típico dos baixistas: cara tranquilo, introvertido e contemplativo. Em 1973 o Queen lançava seu primeiro disco.


O sucesso estratosférico do Queen em meados dos anos 70, no auge do movimento sexo, drogas e rock and roll, John Deacon optou pela casamento e filhos e com os ganhos financeiros comprou uma modesta casa na Inglaterra para viver com a esposa. Mas a experiência do modus vivendi de um rock star o abateu com o consumo exagerado do álcool. Soube gerenciar seus hábitos e conseguiu se livrar da compulsão.


Seu estilo musical é de um baixo marcante usando sempre os dedos em suas Fenders. Fazia arranjos improvisados assombrosos. John também é um grande hitmaker. Quando Michael Jackson ouviu ainda em fase de produção "Another One Bites the Dust" asseverou a genialidade da canção e persistiu que a banda a colocasse como música de trabalho para o disco "The Game", e a canção entrou direto para os primeiros lugares da Billboard. Quando todos pensavam que “I Want to Break Free” se referia a liberdade sexual, na verdade John estava digladiando com seu próprio comportamento inibido e introvertido.



Os maiores baixistas do mundo se rendem em enaltecimento a Deacon. Neil Murray que foi baixista do Whitesnake e do Black Sabbath acompanhou o Queen nas turnês com Paul Rodgers, e declarou “ toquei inúmeras vezes as canções do Queen e a cada experiência de executar estas canções conseguimos compreender de forma tangível a genialidade de Deacon”.


Na entrada de John Deacon ao Queen no inicio dos anos 70, de cara, Freddie Mercury se afeiçoou por John. Tinham personalidade antagônicas e estas discrepâncias os uniram. Freddie sempre confiava na opinião racional, sensata e ponderada de Deacon em muitos aspectos artísticos e nos processos de criação. Havia uma coesão e conexão de sentimentos muitos fortes que ligavam os dois.

Ao revelar que estava com AIDS, Freddie sentiu um especial apoio fraternal de John com atitudes. Freddie dizia “John me trata como um dos filhos dele, digo que sou o seu bastardinho africano” Essa era a personalidade altruísta de John que não suportou acompanhar o fim trágico do cantor em seus últimos dias de vida flagelado com as consequências da doença. Um dos funcionários de Freddie revelou “ Brian e Roger visitavam Fred mas eu sabia que a ausência de Deacon não incomodava ele... no fundo sabia que seu calvário era dilacerante para John."



E realmente foi. Depois da morte de Freddie, John Deacon entrou em depressão, ficou ainda mais abatido e melancólico. Não via mais razão de continuar na banda. Em 1992 John declara que não fazia mais parte da banda, culminando com o seu fim. Ainda participou do show-tributo a Mercury em 1992 e terminou com May e Taylor o póstumo e último disco da banda em 1997 “Made in Heaven”. Depois se reservou a viver uma vida pacata e absolutamente caseira. Não concede entrevistas e não mantém nenhum contato com ninguém do meio musical e nem dos colegas May e Taylor. Brian certa vez declarou em entrevista “John não mantém qualquer contato conosco, surtou mesmo e o considero um sociopata. Seu legado é indiscutível, mas seu encarceramento psicológico é lamentável, é uma escolha dele apenas respeitamos assim como dividimos todos os ganhos do Queen por ele ser e sempre será um “Rainha”.


Os lucros do Queen alcançaram valores astronômicos com a explosão do fenômeno cinematográfico Bohemian Rhapsody e estima-se que estes valores já atinjam a marca de mais de 500 milhões de reais pelo câmbio atual. A fortuna de Deacon supera meio bilhão de reais, mas ele vive uma vida simples, sem luxos em uma casa em um bairro no sudoeste de Londres com um grande terreno para jogar golfe.



Quem vive no bairro já se acostumou com Deacon passando as pressas de cabeça baixa para comprar os jornais sinalizando seu temor de ser reconhecido. Quem não resiste em se deparar com uma lenda ao pedir um autografo, Deacon baixa ainda mais cabeça sorri timidamente, assina e cumprimenta os fãs pedindo apenas para não filma-lo e nem fotografa-lo. Apenas diz: “Obrigado! não esqueço nunca de vocês” e retorna as pressas para sua casa.

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