DRAKE (Por: Daniel Azevedo)
- Daniel Azevedo
- 30 de set. de 2019
- 2 min de leitura
No dia 27/09, o cantor "Drake" subiu ao Palco Mundo para fazer sua apresentação de rapper. Eu, particularmente, não faço ideia de quem seja. Aliás, apenas hoje descobri que ele é, também, um meme (foto abaixo).
Para mim, a turma do Medina já começou com o pé esquerdo designando um rapper para ser headline em um evento essencialmente destinado ao rock. E não, essa história de que o "Rock in Rio sempre foi para todos os gêneros musicais" não cola. A regra é o rock. Os outros estilos deveriam ser, digamos, tolerados. E sejamos francos: cada um no seu quadrado. À título de exemplo, nos festivais de verão, não há espaço para metal; em um concerto religioso, não há espaço para funk; em eventos juninos, não ouvimos bossa nova (ainda que estas misturas aconteçam excepcionalmente - e apenas faço essa observação, pois surgirá um (a) chato (a) dizendo que já viu algo do tipo).
Fato é que, logo no primeiro dia do evento, o artista surpreendeu a organização e os próprios fãs, declarando que não iria autorizar a transmissão do seu show em razão das chuvas.
Boninho, criador do Multishow, ficou ensandecido, afirmando que a atitude representou verdadeiro "piti". No Twitter, Drake pediu desculpas em nome da Mãe Natureza. Bem, é isso que os artistas "cool" fazem: twittam. Certo?
Apenas recordo que, dias antes, o Scorpions e o Whitesnake faziam shows em Curitiba, na Pedreira Paulo Leminski, debaixo de uma forte chuva de granizo e fortes ventos. Aliás, em 2011, "Axl Rose & banda" (para alguns, Guns'n'Roses) fazia uma apresentação no Rock in Rio, também sob fortes chuvas. O que dizer, então, da edição de 1985, em que o público assistiu aos shows praticamente dentro de um lamaçal?
Penso que não adianta ceder ao apelo comercial e incluir esse tipo de artista como atração principal em um evento fatalmente dedicado ao rock. Há muita descoincidência. Desvirtua-se por demais a finalidade do festival.

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