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AMERICAN FOOTBALL - INDIE DE VERDADE.

Atualizado: 19 de mai. de 2019

O que falar da cena indie de hoje? Bandas predominantemente pop que buscam - com seus refrãos grudentos e melodias facilmente superadas por qualquer boy band dos anos 90 - serem rotuladas de “indie” e tentam cativar um público órfão de bandas indie de verdade. Aliás, até mesmo a palavra “indie” me incomoda um pouco, pois como sou old school, prefiro mesmo o termo original, “Alternative”, usado para descrever bandas que seguiam a contramão das bandas mainstream (apesar de ser esse o objetivo de todas elas).


Devido a essa falta de criatividade musical das chamadas bandas “indie" atuais, ficamos fadados a ouvir Imagine Dragons, 21 Pilots e mais um monte de bandas chatas que só ouvimos falar quando são headliners de algum festival igualmente chato. Até mesmo bandas que tinham um futuro promissor caíram nessa armadilha de sonoridade “indie” (vide Coldplay).


O termo já perdeu todo o sentido dado a ele nos anos 80, já que quase todas as bandas atuais são independentes, mudando o sentido do termo e virando sinônimo de bandas que fazem música diferente do contexto pop, o que, infelizmente, não é o caso da maioria das bandas que se auto intitulam “indie” atualmente.


Mas, graças aos Deuses do Rock n’ Roll, ainda há vida na galáxia. Um exemplo maravilhoso de que não estamos sozinhos e nem órfãos nesse Universo de música ruim, é a American Football, uma banda que descobri por acaso, nas minhas buscas na internet.


American Football é uma banda Americana de Champaign-Urbana, no estado de Illinois, formada pelos amigos de colégio Mike Kinsella (guitarra e baixo e vocal), Steve Holmes (guitarra) e por Steve Lamos (bateria, trompete).

A banda, a princípio, era apenas um projeto de estúdio e durou três anos – de 1997 a 2000. Gravaram um EP em 1998 e um álbum homônimo em 1999, que se tornou um dos mais aclamados álbuns indie de todos os tempos.

Com melodias sofisticadas e grandes intervalos musicais dentro das canções, fugindo dos clichês do cenário pop/rock de "início – ponte – refrão – início".

As nove canções do álbum são uma obra prima em musicalidade e em letras minimalistas, uma demonstração explícita do que é ser indie de verdade.

O álbum é um achado para quem gosta de boa música: ótimas canções, músicos excelentes e muito feeling.



A banda voltou em 2014 e continua em atividade, agora com mais um membro, Nate Kinsella, primo do vocalista, no baixo.

Lançou mais dois álbuns, também homônimos e também muito bons.


Presença constante as minhas playlists, é audição obrigatória para quem gosta de música boa de verdade.


Sérgio Vital

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