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RESENHANDO O HELLOWEEN NO ROCK IN RIO 2019

Continuando com as resenhas dos shows do dia 04 de Outubro de 2019, no Rock in Rio, vamos ao que vi e senti no show do Helloween!


A fim de conseguir um bom lugar próximo ao palco mundo, instantes antes de encerrar o ótimo show do Anthrax – calculei pelo tempo médio de show, e notei que as bandas que faziam shows menores estavam encerrando com um clássico de suas respectivas carreiras. No caso do Anthrax, após decurso de considerável tempo de show, eis que tocam Indians. Senti que o show estava em vias de conclusão. Eu estava certo. – corri para poder apreciar um show que eu estava muito ansioso: A reunião do Helloween.


O que mais me chamou a atenção do Helloween não foi apenas o repertório recheado de grandes clássicos, algo bem corriqueiro em grandes festivais de música, quando as bandas costumam primar por um repertório que visa o agrado de ampla maioria da plateia sedenta pelos hinos mais marcantes, mas também a reunião de ex-integrantes com atuais, promovendo uma miscelânea fantástica, possibilitando um “passeio” autêntico pelas diversas fases da banda, notadamente por contarem com vocalistas de diversas fases da banda, onde cada qual se dedicava a interpretar a canção correspondente ao seu período, isso quando mesclavam os vocais de forma pra lá de interessante.


Tive a honra de presenciar um show da Pumpkins United Tour, pois o Helloween estava muito entrosado. Os vocais (Nossa Senhora!) deram um show à parte. Fiquei maravilhado como Kai Hansen, Andi Deris e Michael Kiske estavam em excelente forma, alcançando notas altíssimas e com uma afinação impecável.


O show começou com a canção-introdução Initiation, que foi reproduzida pelo sistema de som do Rock in Rio. Ao final, eis que a banda entra detonando com I’m Alive. A Cidade do Rock vai abaixo! Que energia!


Sem deixar o público se recuperar do petardo de abertura, a banda toca mais dois clássicos indiscutíveis do Heavy Metal: Dr. Stein e Eagle Fly Free, ambas cantada a plenos pulmões pelos presentes, principalmente nos refrões. Como é lindo ver a interação entre banda e fãs, principalmente diante de mais de 100 mil espectadores.


Hora de respirar um pouco. A banda resolve tocar uma música muito bacana, mas que põe um pouco o pé no freio. Perfect Gentleman, para a minha surpresa, foi executada de forma genial. Encaixou bem no meio do repertório dos alemães.


Depois de respirar, vem a hora de Kai Hansen dar uma “palhinha”, bem como acelerar um pouco a pulsação da galera. Começa a execução de Ride the Sky. Hansen me deu um soco bem no meio do queixo quando mandou seu agudo logo no começo da canção. Mostrou que, apesar da idade (56 anos), ainda tem um vocal potentíssimo, manteve a performance de formas pesada e extraordinária. Foi arrepiante ver e ouvir mais de 100 mil pessoas cantando, com toda a força, o refrão cadenciado da referida canção: “RIDE THE SKY! RIDE THE SKY! GIVE ME WIIIIIIIINGS TO FLY! RIDE THE SKY”.


Fiquei meio atordoado depois de Ride the Sky, a tal ponto que A Tale That Wasn’t Right passou em “segundo plano”, pois eu estava meio que em Stand By. Quase que eu esgotava minhas energias depois da execução da canção anterior, o que vi na obrigação de me recompor, pois ainda tinha muitos shows pela frente.


Em seguida, vieram a excelente Power e How Many Tears. Senti que o show estava em vias de conclusão, pois apliquei a “técnica” explicada acima. Logo, deveriam vir mais uns dois clássicos. Acertei novamente. Future World foi tocada de forma magistral, e o show foi encerrado, de forma bastante interativa, como I Want Out.


O show do Helloween foi muito aguardado por muitos dos que estavam presentes no dia 04 de Outubro de 2019. Até mesmo a empresa de cerveja que patrocinava o evento fazia uma espécie de saudação no seu letreiro, com os dizeres “Aaaah! It’s Halloween”, em clara alusão ao refrão da música Halloween, que não foi tocada pelo seu longo tempo de duração (pouco mais de 13 minutos). A própria banda explicou isso durante o show, pois eles não estavam fazendo uma apresentação completa, o que obrigava-os a abrir mão das canções mais longas.


O show foi muito bonito. Os telões do palco ajudaram bastante, criando uma atmosfera envolvente, em muitos momentos agradável, interativa e, até mesmo, bem engraçada.


Ao final do show do Helloween, por alguns instantes, eu estava assegurando para mim mesmo, que aquele seria o melhor show da noite. Mas, depois caiu a ficha e lembrei que em poucas horas os monstros do Iron Maiden iriam arrebentar com tudo (E realmente arrebentaram. Vide meu último texto). É um show que merece ser assistido por várias e várias vezes. Helloween mostrou que não foi só um tapa buraco do Megadeth. Vieram e, sem sombra de dúvidas, fizeram história do maior evento de música do nosso país. Que voltem mais vezes! Quero ter o prazer de ver o show completo!! AAAAAAAAAHHHHH, IT’S “HELLOWEEN”!

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