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O FATÍDICO DIA EM QUE A FALIDA GIBSON RESOLVEU DESTRUIR GUITARRAS!

Você, fã do bom e velho Rock n’ Roll, alguma vez na vida se imaginou fazendo um puta solo de guitarra para uma plateia ensandecida? Eu já, e várias vezes, principalmente na adolescência.


Pois bem... Mas, neste devaneio, você lembra que modelo você empunhava? No meu caso, na grande maioria das vezes, eu me via com uma Flying V (muito usada por músicos como Dave Mustaine, Michael Schenker, Kerry King e etc), ou uma Les Paul (Muito usada por Slash, Jimmy Page e etc). Sabe o que esses modelos têm em comum? Foram fabricadas pela icônica fábrica de guitarras Gibson.



Michael Schenker (Ex-UFO, ex- Scorpions e MSG) com sua Gibson Flying V.


Pensar na marca Gibson, é pensar em solidez e tradição no mercado, sem falar no fato de terem marcado o mundo da música ao produzirem guitarras de altíssima qualidade, ao ponto de serem reverenciadas por músicos como Tony Iommi, Angus Young, Slash, Jimmy Page, Keith Richards, BB King, Elvis Presley, dentre tantos outros. Muitos dos nossos maiores ídolos do Rock tinham em mãos uma Gibson!


Segundo o site Planeta Música, “Em 1902, nasceu a Gibson Mandolin-Guitar Corporation, que durante duas décadas produziu instrumentos projetados originalmente por Orville Gibson (1856-1918). Após a morte e Orville, Lloyd Loar passou a ocupar o privilegiado cargo de designer de instrumentos e engenheiro acústico da empresa”.



Mestre BB King e sua amada Lucille.


Com quase 120 anos de fundação, a Gibson parecia estar em um patamar inatingível de solidez de mercado. Somando-se sua tradição à qualidade, parecia que nada poderia abalar seu império musical. Porém, como diz um ilustre desconhecido, nada é capaz de superar a estupidez humana! Ou seja, por não se adequar às novas tendências do mercado, no ano passado (2018), a aparente imbatível Gibson decretou falência. Sim, falência!!


“Oh! Meu Deus! E agora? O que será do Rock?”, pergunta-se o mais desavisado. Eu digo: - Tenha calma! A Gibson decretou falência, mas apresentou um plano de continuidade comercial (para saber mais, clique aqui). Com isso, a empresa poderá se manter no mercado a fim de tentar saldar a incrível dívida de cerca de US$ 375 milhões (375 milhões de dólares).



O icônico Angus Young sempre performático e visceral com sua Gibson SG.


Não precisa ser gênio da economia para saber o que é preciso para levantar recursos financeiros para sair do buraco que se encontra: Elaborar planos mais sofisticados a fim de vender mais e mais guitarras.


Porém, contudo, todavia, cerca de um mês atrás, a Gibson se envolveu em uma polêmica que iria na contramão da lógica: Destruiu centenas de guitarras!


“Ah! Mas, a empresa deve ter um bom motivo para destruir essas guitarras! Eles não são loucos ao ponto de sacrificarem a saúde financeira da empresa por mero capricho.”, alguns podem argumentar. Só que surge uma informação vinda de dentro da empresa, a qual pôs lenha na fogueira. BJ Wilkes, um ex-funcionário assim disse:


“[...] a fabricante tomou a decisão de aniquilar os instrumentos por não ter conseguido vender muitas unidades, e essa foi a forma como encontraram para "tentar limpar a bagunça antes do fim do ano fiscal".

E o referido funcionário vai além, ao denunciar o seguinte:


"Já vi eles cortarem 10, 20 guitarras ES que estavam pintadas e prontas para serem vendidas, só por causa de uma mancha bem pequena".

Se acreditarmos na narrativa trazida pelo Sr. Wilkes, podemos concluir que sim, a Gibson, empresa falida, destruiu inúmeras guitarras por mero capricho, o que soaria um absurdo sem tamanho, uma vez que uma das maiores fabricantes de guitarras mergulhada em uma crise sem precedentes resolve reduzir a pó o seu maior “ganha pão”. Assim, podemos fazer a seguinte pergunta: Crise para quem mesmo?



Slash e sua Gibson Les Paul.


Por maior justiça, trazemos o pronunciamento da Gibson sobre o episódio:


“[...] uma leva isolada de Firebird X produzidas entre 2009 e 2011, que não tinham reparo e estavam danificadas com componentes inseguros".

Hum... será que, mesmo não tendo condições de reparo, justifica tal destruição?


De toda forma, jogo a peteca para você, caro leitor: Na sua opinião, quem está com a verdade? Wilkes ou a Gibon? E mais: Tal ato é justificável? Confesso que me causa agonia ao ver o vídeo.



Trator estraçalhando guitarras Gibson Firebird X.

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