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AS BOAS NOVAS DO SLIPKNOT REALMENTE SÃO BOAS?

Caveira, você gosta do Slipknot? Respondo: Respeito. Se tocar, aturo. Mas, não me vejo parando meu dia para curtir um som e dizer para mim mesmo “Vai lá, ouça Slipknot! É legal, cara! Melhor coisa do mundo!”. É, definitivamente não sou fã dos caras, pelo menos por hora (Vai que um dia eu mude de ideia, né? Embora seja improvável...).


Reconheço as diversas virtudes da banda, as quais enumero algumas: A voz de Corey Taylor, a presença de palco, a alta capacidade de se autopromover (desde o início da banda), shows fantásticos (falo isso por ter tido a experiência de vê-los ao vivo no Rock in Rio de 2015 – Entenda: Separe o show da qualidade sonora. Consigo fazer isso, e você?) e etc.


Diante disso, você deve insistir na pergunta “Você gosta do Slipknot?”, pois é compreensível, principalmente que sou visto reconhecendo inúmeras qualidades da banda. Mas, falta uma coisa para me fisgar de vez: tocar a minha alma. Isso nunca aconteceu quando tentei ouvir o Slipknot pelas diversas vezes na minha vida. O máximo que pude esboçar foi o reconhecimento da qualidade de algumas canções (por vezes razoável, ou até mesmo tolerável).


Então, me considero qualificado para opinar sobre os dois últimos singles dos caras, “Unsainted” e “Solway Firth” – este último lançado ontem, dia 22.07.2019 -, pois não sou fã, o que me habilita para escrever um texto isento de paixões, bem como evitarei passar pano.


Há dois meses atrás, quando resolvi acessar o YouTube a fim de curtir um som e, quem sabe, conhecer novas bandas, me deparo com um vídeo em alta: o clipe da música “Unsainted”. Na hora busquei forçar a memória, e concluí que há tempos que o Slipknot não lançava algo inédito. Como eu queria algo novo, pensei: “Essa é a chance. Vou ouvir algo novo de uma banda ‘velha’”.


Confesso que eu já esperava um Olodum da Porra (sim, estou sendo pejorativo com o uso das percussões, tão característico da banda – E todo o respeito ao Olodum, mesmo sendo desrespeitoso). Quebrei a cara “lindamente” quando me deparo com uma introdução de coral. Fico em choque e sem entender nada. Depois entra uma bateria meio tribal, junto com a voz limpa do Corey Taylor cantando versos que acompanham a melodia do referido coral, que está ao fundo. Logo de cara eu fico repetindo para mim mesmo: “PORRA! PORRA! PORRA! QUE PORRA É ESSA? NÃO, NÃO É O SLIPKNOT! NÃO PODE SER!”


Unsainted possui riffs certeiros, diretos e que ficam martelando na mente do ouvinte. E o refrão? Usa a fórmula ideal para nos fazer cantar por diversas vezes ao longo do dia.


Fiquei desnorteado. Imediatamente quis escrever para o blog sobre o single recém-lançado. Mas, baixei a euforia, me recompus e esperei os dias se passarem a fim de aceitar o fato de eu tinha simplesmente amado uma canção do Slipknot.



Clipe da música Unsainted


Quando eu estava me recuperando do baque que Unsainted me provocou, eis que “Solway Firth” é lançado. PUTA QUE PARIU! Agora eu não sei qual é a melhor música!!!


O clipe da música “Solway Firth”, pelo o que pude apurar, possui cenas da Série “The Boys”, original da Amazon (Prime Video, concorrente da Netflix), o que dá um clima ímpar.


A música começa com voz de Corey Taylor soando abafada, recitando palavras como que de forma bem robótica, enquanto ruídos um tanto sinistros vão reverberando no ambiente. Quando você está prestes a se perguntar “O que diabos está acontecendo?”, seus pensamentos são interrompidos com um urro visceral, bateria e guitarras pesadas acompanhando. O ouvinte chega a ter um solavanco com tamanho impacto que este momento chega a proporcionar. Chega a ser arrepiante, principalmente ao tentar imaginar a execução ao vivo dessa canção.


Destaco a bateria quebrada, que é característica da banda, e algumas escalas de guitarra que acompanham as viradas repentinas, chegando a lembrar vagamente o que algumas bandas mais virtuosas costumam fazer na parte instrumental.



Clipe da música Solway Firth


Notei que a banda está muito madura, o que me chamou muito a atenção. A impressão que me dá, um não-fã do Slipknot, é que eles estão mais afiados do que nunca, e Corey Taylor mostra que está em uma excelente forma vocal, pois chega a ser impressionante, diante de tamanha longevidade, ainda cantar em altíssimo nível. Fico com uma boa expectativa para o lançamento de um bom disco de inéditas.


E, respondendo à pergunta que abre o texto: As boas novas do Slipknot são boas mesmo? Não, não são! São excelentes! Abraços.

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